Azal (PT)
Variedade: Branca | Categoria III | Portugal
Ficha da Casta
Azal
Origem da casta: Interior do Minho. Lobo (1790) conhece a casta no Minho, nas sub-regiões de Vizela e Basto.
Região de maior expansão: Amarante, Basto, Baião, Vale do Sousa.
Sinónimos oficiais (nacional e OIV): Não há.
Sinónimos históricos e regionais: Azal da Lixa, Gadelhudo.
Homónimos: Azal tinto. (Lobo, 1790; Vila Maior ,1867.)
Superfície vitícola actual: 3.800 ha.
Utilização actual a nível nacional: Inferior a 0,2%.
Tendência de desenvolvimento: Pouca utilização.
Intravariabilidade varietal da produção: Intermédia.
Qualidade do material vegetativo: Policlonal RNSV, material clonal em processo de admissão à certificação da JBP.
Caract. Molecular (OIV)
Classificação Regional
Morfologia
Fenologia
Potencial Vegetativo
Potencial Agronómico
Potencial Enológico
Particularidades da casta
VVMD5 | VVMD7 | VVMD27 | VrZag62 | VrZag79 | VVS2 | ||||||
Alelo1 | Alelo2 | Alelo1 | Alelo2 | Alelo1 | Alelo2 | Alelo1 | Alelo2 | Alelo1 | Alelo2 | Alelo1 | Alelo2 |
226 | 232 | 235 | 243 | 181 | 185 | 194 | 204 | 247 | 251 | 153 | 159 |
Vinho de Qualidade DOC: Sub-regiões de Amarante, Baião, Basto e Sousa.
Vinho regional: Do Minho.
Extremidade do ramo jovem: Aberta, com média densidade de pêlos prostrados e orla carmim fraca a média.
Folha jovem: Verde com placas acobreadas, página inferior com média a forte densidade de pêlos prostrados.
Flor: Hermafrodita.
Pâmpano: Estriado de vermelho, média intensidade antociânica dos gomos.
Folha adulta: De tamanho médio, orbicular, inteira, limbo verde-escuro, plana, medianamente bolhosa, página inferior com forte densidade de pêlos prostrados e fraca a média densidade de pêlos erectos; dentes médios e rectilíneos; seio peciolar fechado a pouco aberto, com a base por vezes limitada pela nervura, seios laterais abertos em V.
Cacho: Médio, cónico, medianamente compacto, pedúnculo de comprimento médio.
Bago: Elíptico, grande e verde-amarelado; película espessa, polpa de consistência média.
Sarmento: Castanho-amarelado.
Abrolhamento: Precoce, em simultâneo com a Fernão Pires.
Floração: Época média, 2 dias após a Fernão Pires.
Pintor: Tardio, 17 dias após a Fernão Pires.
Maturação: Época média (no Norte tardia), uma semana após a Fernão Pires.
Vigor: Elevado.
Porte (tropia): Semi-erecto, algum horizontal (plagiotropia).
Entrenós: Grandes.
Tendência para o desenvolvimento de netas: Elevada.
Rebentação múltipla: Baixa.
Índice de fertilidade: Média 1,3 inflorescências por gomo abrolhado.
Produtividade: Índice muito elevado (10.000-20.000 kg/ha). Valores RNSV: 4,96 kg/pl (média de, no mínimo, 40 cultivares, registada em Marco de Canavezes, durante 3 anos).
Estabilidade da produção (diferentes anos e localidades): Alta.
Homogeneidade de produção (entre as plantas): Uniforme.
Índice de Winkler (somatório de temperaturas activas): 1.205 h acima dos 10° C (Arcos de Valdevez). 1.600 h acima de 10° C, com produção de 14 t/ha (Montemor-o-Novo).
Producção recomendada: 8.000 l/ha.
Sensibilidade abiótica: Não conhecida.
Sensibilidade criptogâmica: Sensível ao Míldio, ao Oídio e à podridão dos cachos.
Estado sanitário (sistémico) antes da selecção: 20% GLRaV3, 10% GFkV, <50% RSPV.
Sensibilidade a parasitas: Cigarrinha Verde.
Tamanho do cacho: Médio (206-370 g).
Compactação do cacho: Compacto.
Bago: Médio, 1,5-2,1 g.
Película: Espessa.
Nº de graínhas: 1,3-2,0 por bago.
Sistema de condução: Adapta-se a todas as técnicas do Vinho Verde, bem como ao guyot e cordão.
Solo favorável para obter qualidade: Só apresenta qualidade em solos secos e boa exposição, caso contrario é excessivamente ácida.
Clima favorável: Suporta bem a humidade no ar, vento e insolação.
Compasso: Adapta-se bem aos intervalos tradicionais.
Porta-enxertos: Boa afinidade com todos os porta-enxertos tradicionais na região.
Desavinho/Bagoinha: Não há.
Conservação do cacho após maturação: Nenhuma.
Protecção contra ataques de pássaros: Desnecessária.
Aptidão para vindima mecânica: Boa aptidão desde que as condições técnicas permitam.
Tipo de vinho: Vinho Verde (leve).
Grau alcoólico provável do mosto: 10% vol, vinho leve. Valores RNSV: 11,35% vol. (média de, no mínimo, 40 cultivares, registada em Amarante, durante 6 anos).
Acidez natural: Muito elevada (6-8 g/l). Valores RNSV: 10,43 g/l (média de, no mínimo, 40 cultivares, registada em Amarante, durante 6 anos).
Sensibilidade do mosto à oxidação: Média.
Intensidade da cor: Ligeira.
Tonalidade: Citrina e aberta, descorada.
Sensibilidade do vinho à oxidação: Média.
Análise laboratorial dos aromas: Aroma frutado (limão e maçã verde).
Capacidade de envelhecimento do vinho: Média, vinho para ser bebido jovem.
Recomendação para lote: Trajadura, Arinto, Avesso.
Potencial para vinho elementar: Pouco habitual.
Caracterização habitual do vinho: De cor ligeira, citrina aberta, descorada, aroma frutado (limão e maçã verde) não excessivamente intenso, complexo, fino, agradável, fresco e citrino, sabor frutado, ligeiramente acídulo, com frescura, jovem. Em anos excepcionais, pode revelar-se encorpado e harmonioso (EVAG, 2002).
Qualidade do vinho: Boa, como vinho leve.
Particularidade da casta: Casta limitada à produção de Vinho Verde, de pouca plasticidade geográfica. Produz vinho de elevada acidez.